Dia Mundial do Doente

08/02/2011 00:00

Irmãos e Irmãs!

A Igreja celebra, no dia 11 de fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, o XIX dia Mundial do Doente, com uma mensagem especial do Papa Bento XVI. “A enfermidade e o sofrimento sempre estiveram entre os problemas mais graves da vida humana. Na doença, o homem experimenta sua impotência, seus limites e sua finitude. Toda doença pode fazer-nos entrever a morte. A enfermidade pode levar a pessoa à angústia, a fechar-se sobre si mesma, e ás vezes até ao desespero e à revolta contra Deus. Mas também pode tornar a pessoa mais madura, ajudá-la a discernir em sua vida o que não é essencial para voltar-se àquilo que é essencial. Não raro, a doença provoca uma busca de Deus, um retorno a Ele” (CIC – Catecismo da Igreja Católica, nºs. 1500 – 1501).

A Igreja, desde o tempo dos apóstolos, sempre teve para com os doentes e sofredores uma especial solicitude. Jesus envia os discípulos para libertar as pessoas de todos os males cuja origem está no pecado. O seu gesto indica que o Reino de Deus chegou e ele é “vida para todos”. A Igreja continua a prática de Jesus que na cruz dá um sentido redentor ao sofrimento, fazendo do mesmo um instrumento de libertação e profundo encontro com Deus. O homem não sofre porque Deus quer, mas pelo fato de ser homem, ser humano. A reflexão proposta pelo Papa para o ano de 2011 – “Pelas suas chagas fostes curados” (1Pd 2, 24) lembra que “ o Filho de Deus sofreu, morreu, mas ressuscitou, e exatamente por isso aquelas chagas tornam-se o sinal da nossa redenção, do perdão e da reconciliação com o Pai; tornam-se, contudo, também um banco de prova para a fé dos discípulos e para a nossa fé: todas as vezes que o Senhor fala de sua paixão e morte, eles não compreendem, rejeitam, opõem-se. Para eles, como para nós, o sofrimento permanece sempre carregado de mistério, difícil de aceitar e suportar. Os dois discípulos de Emaús caminham tristes, devido aos acontecimentos daqueles dias em Jerusalém, e só quando o Ressuscitado percorre a estrada com eles, se abrem a uma visão nova (cf. Lc 24, 13-31). Também o apóstolo Tomé mostra a dificuldade em crer na via da paixão redentora: ‘Se eu não vir o sinal dos cravos nas suas mãos, se não por o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei’(cf. Jo 20,25). Mas, diante de Cristo que mostra as suas chagas, a sua resposta transforma-se numa comovedora profissão de fé: ‘Meu Senhor e meu Deus’ (cf. Jo 20,28). O que antes era obstáculo intransponível, porque sinal da aparente falência de Jesus, torna-se, no encontro com o Ressuscitado, a prova de um amor vitorioso: ‘Somente um Deus que nos ama a ponto de carregar sobre si as nossas feridas e a nossa dor, sobretudo a dor inocente, é digno de fé’”. Hoje ou amanhã, faremos a experiência da dor e da morte, e é precisamente aí que compreenderemos o sentido da vida e o seu destino de eternidade. Para o Papa, “a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre. Isto vale tanto para o indivíduo como para a sociedade. Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a com-paixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido mesmo que interiormente, é uma sociedade cruel e desumana”. Diante da dor e do sofrimento, o silêncio, a sensibilidade, a presença e a solidariedade, são bálsamos indispensáveis.

Louvamos a Deus por tantas pessoas generosas, quem dispensam tempo em visitar e assistir os doentes, sobretudo, os agentes de pastoral da saúde em nossas paróquias e comunidades, presbíteros e leigos. Que as autoridades do campo da saúde, solidifiquem e aperfeiçoem as estruturas que visam minorar o sofrimento de tantos irmãos e irmãs, com maior atenção aos pobres e necessitados. Nossos hospitais, ambulatórios, postos de saúde, sejam espaços de acolhimento, respeito e de valorização da vida. A Mãe de Jesus, invocada na tradição da Igreja como saúde dos enfermos, nos ajude a ser corajosos na dor; Ela que teve o coração “trespassado”, enquanto o Filho morria na cruz (cf. Jo 19,26-27). “Nos rostos dos doentes sabei ver o Rosto dos rostos: o de Cristo”.

Dom Sérgio Aparecido Colombo

Bispo Diocesano.

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